Cadeira de Balanço

Esses dias estava eu voltando do trabalho para a hora do almoço, quando olhei para a sacada de um prédio aqui na “colonha” e tinha um senhor sentado tranquilamente em sua cadeira de balanço. Lembrei na hora do meu vô, o Seu Jorge, que não tinha uma cadeira de balanço, mas ficava as vezes sentado olhando pela janela da mesma forma que o velhinho em questão.

Bom homem era meu vô, sempre justo e amoroso com filhos e netos, adorava contar seus causos, participava das atividades da comunidade do elo perdido, e servia como um patriarca para a família, admirado e respeitado por todos que o conheciam. Tinhamos e ainda temos orgulho de dizer que somos seus netos, quando alguem de lá pergunta quem somos ou de onde viemos, todos falam de boca cheia que sao netos do seu Jorge, ou resumidamente somos dos “prante”.

Ja faz quase dez anos que ele se foi, e eu espero que quando chegar ao fim da vida, consiga o mesmo respeito e admiração, e que eu tenha desenvolvido o mesmo caráter do meu avô materno que ainda me serve de exemplo nos dias de hoje.